Desde o início dos anos 90, o IEA tem se empenhado em refletir sobre o ensino básico público brasileiro e colaborar na formulação de políticas públicas para a área.

 

Três professores visitantes se dedicaram ao tema em períodos diferentes daqueles anos: o próprio coordenador acadêmico da nova cátedra, Nilson José Machado; a educadora Guiomar Namo de Mello, que foi secretária da Educação da cidade de São Paulo, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e especialista em educação do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento; e o físico Sérgio Costa Ribeiro, cujos estudos demonstraram ter sido a repetência e não a evasão o principal empecilho para que a escolaridade e a competência cognitiva da população jovem do país aumentassem durante a segunda metade do século 20.

 

Outra iniciativa do Instituto foi o Programa Mobilizador Educação para a Cidadania, dedicado à coleta de dados sobre o sistema educacional brasileiro. Um dos resultados do programa foi um relatório coordenado por Guiomar Namo de Mello sobre políticas públicas para educação.

 

Diagnósticos, desafios, políticas públicas e experiências exitosas em educação básica foram temas de dossiês e artigos na revista “Estudos Avançados” e de conferência e seminários públicos ao longo dos últimos 30 anos do Instituto.

 

Ao concorrer para a eleição dos novos diretor e vice-diretor do IEA, os então candidatos e agora ocupantes dos respectivos cargos, os professores Paulo Saldiva e Guilherme Ary Plonski, incluíram entre as prioridades de seu Plano de Gestão 2016-2020 a criação de um núcleo de estudos dedicado ao ensino fundamental e médio.

 

A diretriz foi concretizada com a implantação no início de 2017 do Grupo de Estudos Educação Básica Pública: Dificuldades Aparentes, Desafios Reais, sob a coordenação de Nilson José Machado. Em cinco seminários realizados em 2017 e 2018 com professores da USP, educadores e gestores públicos, o grupo analisou a formação dos professores, a qualidade da educação, o papel dos documentos oficiais e experiências inovadoras. As conclusões do grupo foram divulgadas em julho deste ano no documento “Diagnóstico e Propostas para a Educação Básica Brasileira”.

 

O Itaú Social atua desde 1993 no desenvolvimento de programas para a melhoria da educação pública brasileira. São exemplos desse empenho a criação do Prêmio Itaú-Unicef, do programa Melhoria da Educação no Município, os Ciclos de Debates em Gestão Educacional e a criação do programa Redes de Territórios Educativos.

 

A assinatura do convênio com a USP para a criação da cátedra no IEA soma-se às várias parcerias do Itaú Social com o poder público: acordos de cooperação com os Fundos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente de 44 municípios de vários estados, com o Ministérios da Educação e o Ministério de Desenvolvimento Social, com a Secretaria Municipal  de Educação de Manaus e com os estados integrantes do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (Tocantins, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal).

 

O Itaú Social tem 17 parceiros institucionais, entre os quais o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, a Fundação Lemann, o Instituto Ayrton Senna e a Fundação Roberto Marinho.

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